Magda Viçoso, sócia da Morais Leitão, defende que a «capacidade de execução» é o principal fator para tornar Portugal mais atrativo ao investimento.
Em flash interview ao Jornal Económico, durante o Advisory Summit, a sócia da Morais Leitão sublinhou que, apesar das melhorias nos incentivos e no enquadramento fiscal, continuam a existir entraves estruturais:
«Podemos alterar programas de incentivos ou o enquadramento fiscal, mas se os nossos procedimentos e a capacidade de resposta do Estado não forem os adequados, as leis e os incentivos não são suficientes.»
Chamou ainda a atenção para os custos de contexto associados à morosidade nos licenciamentos, na relação com entidades públicas e na justiça — fatores que assustam os investidores.
Sobre o impacto da inteligência artificial, destacou que setores como a banca, agricultura, logística e saúde estão a ser transformados, mas que esta evolução ainda não chegou à maioria das PME:
«As PME, que têm um papel decisivo no setor económico em Portugal, ainda não estão suficientemente capacitadas para tirar valor destas áreas.»
Magda Viçoso conclui com uma mensagem de confiança: o atual contexto de estabilidade política pode abrir espaço a reformas estruturais que reforcem a execução, incentivem a inovação e integrem mais empresas na nova revolução industrial.
Assista à entrevista através do link abaixo.